Pseudónimo literário de Luís Martins, nasceu em 1953, em Lisboa. É escritor, ensaísta, crítico literário e professor de Filosofia. É licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa e mestre em Estudos Portugueses pela Universidade Aberta, com uma tese sobre Eduardo Lourenço e a cultura portuguesa.
Professor de Filosofia no ensino secundário e especialista em cultura portuguesa, possui uma vasta obra dividida entre o ensaio, a ficção e o drama (neste último género em colaboração com Filomena Oliveira), tendo recebido o prémio Revelação nas áreas da Ficção e do Ensaio Literário da Associação Portuguesa de Escritores (APE), o Prémio LER/Círculo de Leitores e o prémio Fernando Namora da Sociedade Estoril Sol (2006), este último atribuído ao romance A Voz da Terra, também finalista do Prémio de Romance e Novela da APE. Recebeu o prémio Revelação de Ficção da APE/IPLB, em 1979, com O Outro e o Mesmo, e Prémio Jacinto Prado Coelho da Associação Portuguesa de Críticos Literários, em 2009. É autor, entre outros, dos romances O Último Europeu (2015) e O Deputado da Nação (2016), este último escrito com Manuel Silva Ramos, e dos ensaios Manifesto em Defesa de Uma Morte Livre (2015) e Portugal: Um País Parado no Meio do Caminho (2015).
Colaborou no programa de rádio Um Certo Olhar, da Antena 2, de Luís Caetano. É colaborador permanente do Jornal de Letras, Artes e Ideias, onde faz crítica literária.
O seu mais recente romance, Cadáveres às Costas, foi publicado em 2018 pela Publicações Dom Quixote. Nesse mesmo ano, pela mesma editora, publicou ainda o volume de não-ficção Fátima e a Cultura Portuguesa.
O Feitiço da Índia — Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para Melhor Livro de Ficção Narrativa 2013.
Eduardo Lourenço e a Cultura Portuguesa — Prémio Jacinto do Prado Coelho da Associação Portuguesa de Críticos Literários 2009.
Uma Família Portuguesa — Grande Prémio de Teatro SPA/Teatro Aberto (em conjunto com Filomena Oliveira) 2008.
A Voz da Terra — Prémio Literário Fernando Namora da Sociedade Estoril Sol 2006.
A Visão de Túndalo por Eça de Queirós — Prémio LER/Círculo de Leitores 2000.
Portugal. Ser e Representação — Prémio Revelação Ensaio Literário da APE/IPLB 1995.
O Outro e o Mesmo — Prémio Revelação de Literatura da APE/IPLB 1979.
Sobre o autor
«[Miguel Real] é um autor que nos tem dado grandes alegrias não só na ficção, mas no ensaio também, por ser um autor extremamente polifacetado e uma pessoa formidável. Não são muitos os editores, decerto, que têm autores como o Miguel Real/Luís Martins.» | Mária do Rosário Pedreira, na atribuição do Prémio Jacinto do Prado Coelho 2009, no Jornal de Sintra.
Entrevista à Notícias Magazine.
Entrevista ao jornal Ponto Final (Macau).
Texto sobre os valores humanos escrito a convite do jornal Público.
Entrevista ao blogue da Rede de Bibliotecas Escolares.
Entrevista à revista Progredir.
Sobre Nova Teoria da Felicidade
«Um país a caminho da vala comum: é assim que Miguel Real vê Portugal no momento em que lança mais um ensaio, Nova Teoria da Felicidade, de onde os políticos não saem ilesos.» | São José Almeida, Público.
Sobre Romance Português Contemporâneo (1950-2010)
No programa da Antena 3 Prova Oral.
Sobre Nova Teoria do Mal
«É um livro surpreendente. É um livro sobre filosofia, mas é um livro sobre política. A Nova Teoria do Mal, de Miguel Real, romancista e filósofo, é um livro que surge como um grito na crise e no unanimismo cultural que parece assolar Portugal. É uma espécie de soco no estômago das consciências críticas adormecidas da intelectualidade portuguesa.» | São José Almeida, Público.
«Este é um livro para todos os tempos, mas sobretudo para os tempos que correm, em que o mal não mais pode ser “a sombra negra de Deus” e “a política seja a ciência, não de fazer o bem, mas de evitar, prevenir ou minimizar o mal”». | Acrítico.
Sobre O Feitiço da Índia
«Retrato fascinante de Goa e da Costa do Malabar em três épocas marcantes, esta é uma obra bela e cruel, ousada e sensual.» | Maria do Rosário Pedreira, Horas Extraordinárias.
Sobre O Último Minuto na Vida de S.
«Este pequeno livro é de facto um belíssimo livro. Uma excelente entrada no mundo de Miguel Real.» | Blogue Página a Página.
Sobre A Visão de Túndalo Por Eça de Queirós
«A Visão de Túndalo por Eça de Queirós é um livro que se desdobra em vários livros, vários autores, várias linguagens, várias histórias, várias "mensagens" […] Além de ser uma homenagem respeitosa à herança de Jorge Luis Borges e, sobretudo, à de Eça de Queirós e da chamada Geração de 70. […] com um Eça atormentado pela questão maior do "coração de Portugal" e "vítima" de uma espécie de alucinação sobre o futuro, ou seja, sobre a nossa época.» | Diário de Notícias.