Nasceu no Porto em 1956. Recebeu o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco da Associação Portuguesa de Escritores em 1996 (com o livro Contos à Moda do Porto), o prémio Caminho de Literatura Policial em 1997 (com O Estranho Caso do Cadáver Sorridente) e o prémio Fialho de Almeida SOPEAM 2011 (com o livro A Maldição do Louva-a-Deus). Em 2012, o romance Todas as Cores do Vento foi finalista do Prémio PEN Narrativa. A sua obra percorre o romance, o conto e a literatura policial, com uma pequena incursão na literatura infantojuvenil.
Está publicado em diversas coletâneas de contos, editado e traduzido em Itália e França. Está representado no Dicionário das Personalidades Portuenses do Século XX, editado pela Porto Capital Europeia da Cultura 2001. A sua escrita, segundo Fernando Venâncio, usa «uma expressão enxuta, exacta, por vezes envolvente e alada» (Jornal de Letras, Artes e Ideias, 10 de abril de 1996).
Em 2015 publicou Sem Coração, policial de contornos históricos com a cidade do Porto como pano de fundo. O livro que se seguiu, Demasiado Mar para Tantas Dúvidas, foi lançado em 2017. O seu romance mais recente é Sete Janelas com Vista para a Morte, publicado em 2018 pela Marcador.
Os direitos dos seus livros já foram vendidos para: França e Itália.
Todas as Cores do Vento — Finalista do Prémio PEN de Narrativa 2012.
A Maldição do Louva-a-Deus — Prémio de Ficção Fialho de Almeida SOPEAM 2011.
O Estranho Caso do Cadáver Sorridente — Prémio Caminho de Literatura Policial 1997.
Contos à Moda do Porto — Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco APE/Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão 1996.
Sobre Todas as Cores do Vento
«[…] estamos perante um texto ponteado de humor que questiona problemas sérios sem nunca perder o sentido da crítica e da ironia.» | Agripina Carriço Vieira, Jornal de Letras, Artes e Ideias.
«A principal virtude de Miguel Miranda está na forma como consegue tornar nítidas as situações e dilemas das personagens, aliando a fluidez narrativa à ironia, numa prosa ágil que muitas vezes desemboca em momentos de pura hilaridade.» | José Mário Silva, revista LER.
«Miguel Miranda cria descrições miméticas de estados de alma com poucas palavras e adjetivação equilibrada.» | Expresso.
«Todas as Cores do Vento é um romance sobre as contradições do nosso tempo. Uma história para rir. E depois pensar.» | Jornal de Letras, Artes e Ideias.
Sobre Dai-lhes, Senhor, o Eterno Repouso
«Miguel Miranda oferece-nos um texto extraordinariamente hilariante, pleno de ironia e humor num acerto de mestre. Nada está a mais ou a menos na evocação dos lugares do Porto, na construção dos personagens, beliscando-lhes a alma, o caráter, o aspeto físico.» | Revista LER.
«Pela escrita de Miguel Miranda se revela que o escritor está apaixonado pelas pessoas.» | José Manuel Mendes, escritor.
Sobre O Estranho Caso do Cadáver Sorridente
«Surpresa já não era. A grande qualidade narrativa era previsível. A malícia da linguagem fazia parte da promessa. O desenlace é altamente inesperado.» | Fernando Venâncio,Jornal de Letras, Artes e Ideias.
«A verdadeira dimensão do romance está muito para além do traje policial que o reveste.» | Mário Cláudio, texto de apresentação do livro.
«Em O Estranho Caso do Cadáver Sorridente […] Miguel Miranda mistura ingleses gananciosos e ex-operacionais do período revolucionário, criando uma mistura explosiva.» | Francisco Mangas, Diário de Notícias.
Sobre Contos à Moda do Porto
«[…] A história que cada conto conta raramente é a que está à vista, é antes a “outra” história, a história que, sob a história narrada, pulsa como um fio de água subterrâneo correndo entre as circunstâncias e os episódios da narração e desaguando lentamente no coração, mais do que na razão, da leitura.» | Manuel António Pina, texto de apresentação do livro no Ateneu Comercial do Porto.
«(…) [U]ma expressão enxuta, exacta, por vezes envolvente e alada.» | Fernando Venâncio,Jornal de Letras, Artes e Ideias.
«Congeminar ou idealizar, escrever e convencer, são nesta obra atributos indesmentíveis, independentemente do grau de fantasia efabuladora, que é verdadeiramente surpreendente.» | Ramiro Teixeira, Primeiro de Janeiro.
Sem Coração (Porto Editora, 2015) — Descarregar (inglês).